domingo, dezembro 31, 2006


"“Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”

NÃO. Claramente e sem qualquer dúvida é NÃO.

1. É NÃO porque a gravidez não é fruto apenas da mulher. É também do homem. Seja marido ou não, ele será pai da criança. Ele é tanto pai como ela é mãe. Também eu sou pai e o futuro dos meus filhos é tão da responsabilidade da mãe como minha. Como pai, recuso-me a aceitar que apenas um dos pais disponha do futuro dos filhos. Sobretudo, quando se trata de colocar um fim na sua vida.
2. Sou contra que as mulheres que abortam sejam levadas a Tribunal e sejam presas por esse facto. Concordo com a descriminalização das mulheres grávidas que abortam. Considero que quem deve ser levado a Tribunal seriam médicos, enfermeiras ou todas as pessoas que realizam o aborto. Porém, não é isso que está em causa neste referendo. Neste referendo está em causa a total liberalização do aborto até às 10 semanas por opção exclusiva da mulher. Por isso, voto NÃO.
3. Num país que se vê confrontado com o aumento da idade da reforma para evitar o colapso da Segurança Social, onde as filas de espera para adopção de crianças são cada vez maiores e os processos demoram imenso tempo, o Estado deve-se preocupar em aumentar a natalidade e não proporcionar o aborto e a sua consequente diminuição.
4. Há ainda muito trabalho a ser feito na área da contracepção e planeamento familiar. Com a informação e meios que hoje dispomos é possível descer significativamente o número de gravidezes indesejadas. São estas que potencialmente levarão ao aborto. São estas que o Estado deve ajudar os casais a diminuir e não proporcionar o aborto como uma saída para uma contracepção inexistente.
Luís Gonzaga"

Como último dia do ano, era necessário colocar este post! Eu não diria melhor, e é sempre bom ver/ler/ouvir as opiniões de todos, desde que essa opinião não seja parlamentarizada...

Boas entradas para todos...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Michael Nyman - The Heart Asks The Pleasure First


No dia 16 esteve no Centro Cultural de Belém...!

Era uma vez uma flor, que foi crescendo, crescendo até ficar a mais linda das flores daquele paraíso que só ela criou… À volta tudo ficava espantado com a beleza daquela flor, tinha umas raízes bem fortes e nada conseguia derrubar aquela perfeição da natureza.
Com o passar do tempo, a lua desapareceu, o sol deixou de brilhar e a chuva de a regar. E foi caindo, caindo, até murchar e secar, apenas ficando na memória de cada um…

segunda-feira, dezembro 11, 2006

ABORTO? NÃO...!!!!



Em 2005 os hospitais públicos fizeram um total de 906 abortos dentro dos critérios clínicos previstos na lei. Cada intervenção custou ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 1074 euros nos casos em que houve internamento e intervenção cirúrgica e 829 euros quando a interrupção da gravidez foi feita com medicamentos (pílula abortiva ou RU-486). Os custos podem ter chegado aos 973 mil euros e não incluem eventuais complicações nem material clínico.

(Mais info em: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=223854&idselect=181&idCanal=181&p=0 )

P.S.: Querendo ou não, este referendo será uma luta partidária... e no dia 11 de Fevereiro, veremos quem vai gritar vitória nas televisões, as mulheres? ou o BE e o PCP?

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Hi5 ou Catálogo Humano?

"Olhava eu brevemente para as tags do wordpress tentando perceber se muito já se tinha escrito sobre isto, e encontro este blog.
Começando pelo hi5: Para que serve? O que é? Quem o tem? Porque se registaram?
Inicialmente penso que muitos se registaram simplesmente pelo spam recebido através do registo dos amigos. “Ora…não tenho mais nada que fazer, porque não ir para lá também?”E assim começou uma grande saga!
Das pessoas que conhecem, que tenham Internet, que percentagem tem hi5? Digamos 90%… E basicamente, o que acontece lá? Procuram-se pessoas. Que pessoas? Aí está o busílis da questão, e aproveito aqui para dizer o que considero ser o único ponto positivo do hi5: encontrar velhos amigos. Pessoas com as quais havíamos perdido o contacto, que não víamos há anos, e ali nos surgem, diante dos nossos olhos, iguais ou diferentes daquilo que eram antes.
E fora isso, para que serve? Para exibicionismos e voyeurismos é genial! Uns procuram as fotos em que se consideram mais “apetecíveis” e as distribuem para olhares alheios, outros procuram incessantemente as melhores fotos para se divertirem no sossego do seu lar (óptimo para masturbação, portanto). E passando à segunda fase: o engate. Barato, com mais ou menos requinte, com melhor ou pior vocabulário (sendo este último o mais comum), exemplos não faltam, e as tentativas de encontrar alguém que dê resposta proliferam.
Será este um dos melhores exemplos da fraqueza humana? Necessidade imensa de encontrar alguém, o não suportar estar sozinho? (e aqueles que nem estão sozinhos e também o fazem? O que serão?). Será somente uma nova forma de erotismo? (para não lhe chamar pornografia).
Passemos ao blog: Pelo que percebi, trata-se da exploração deste lado negro humano espelhado no hi5. Será recriminável explorar as fotos de jovens que inocentemente se registaram no hi5? Gozar com corpos menos perfeitos, porque tiveram também eles a coragem de se mostrar? Um misto dos objectivos do próprio hi5 com humor depreciativo.
Ou será louvável, por nos chamar a atenção de um local que se tornou simplesmente um catálogo de corpos humanos?
A verdade, é que são muitos os que por lá passam, tal como são muitos o que se encontram no hi5. Bom, mau? Não sei… deixo ao vosso critério."

(Texto retirado de: http://psig.wordpress.com/2006/07/20/hi5-ou-catalogo-humano/ )

sexta-feira, dezembro 01, 2006

1 de Dezembro de 1640 - Restauração da Independência


No dia 1º de Dezembro assinala-se a restauração da Independência de Portugal. Falecido o cardeal-rei D. Henrique, em 1580, sem ter designado um sucessor, Filipe II de Espanha, neto do rei português D. Manuel I. Invadiu Portugal e submeteu-o a 60 anos de domínio. Foram três os reis espanhóis que governaram Portugal entre 1580 e 1640 – Filipe I, Filipe II e Filipe III.A capital do Império passou a ser Madrid e Portugal foi governado como uma Província espanhola.Como é natural, os portugueses viviam descontentes e compreendiam que só uma revolução bem organizada lhes poderia trazer a libertação.Assim, no dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos dirigiu-se ao Paço da Ribeira onde estavam a Duquesa de Mântua, regente de Portugal, e o seu Secretário, Miguel de Vasconcelos.A Duquesa foi presa e o Secretário morto. Foi assim que Portugal recuperou a sua independência, sendo D. João IV,. Duque de Bragança, aclamado rei, com o cognome de "O Restaurador".

Aborto? NÃO!!


No dia 11 de Fevereiro, votem NÃO!!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Farto...


Chego a momentos de loucura sem precedentes, onde transformo a minha ira em nervosismo, pelo que os caminhos da vida me levam. Estou cansado de ouvir um apito insurtecedor, que tem tudo para irritar os mais calmos. A ganância que é visível à distância, a cobiça e a inveja fazem daquele mundo, uma amostra para todos os outros, que todos os dias enfrento… Farto de estar numa sala fechado, onde parecemos umas ovelhas a ouvir o seu pastor, e nos limitamos a seguir e a obedecer. Farto das conversas fúteis que todos os dias existem nas vias de comunicação, que apodrecem cada dia para pior o meu estado de saber. Farto dos programas tendenciosos que servem para as pessoas seguirem apenas uma doutrina… Farto do governo… Farto das propinas… Farto das pessoas… Farto dos partidos… Farto do sionismo… Farto das mentiras… Farto! Farto! Farto…!
Mas realizado por te ter…nem que seja por momentos que desejo que sejam infinitos…
Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem

Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer

Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena

segunda-feira, novembro 13, 2006

Quase me perco na imensidão de gente que me rodeia, muito provavelmente por não me identificar com ela ou até mesmo por estar sozinho e nesses momentos divago por caminhos que me levam à loucura. Hoje, agora, aqui sozinho na esplanada que muitos consideram um sonho, eu vivo uma realidade de vida e muito perto de concretizar o desejo.
Reconforta-me saber que o sabor dos teus lábios é diferente do café amargo, que acabo de ingerir e as loucuras que desejo fazer são meramente absurdos de quem ama e te deseja ter, bem lá no fundo da imensidão do infinito…Sim, sei que esse lugar existe e todos os dias se constrói para que seja perfeito!

domingo, outubro 15, 2006


Desejo - s. m. acto ou efeito de desejar; vontade; apetite; aspiração; anseio; intenção. ( De desejar ).

Desejar - v. tr. ter desejo de; apetecer; querer; cobiçar; pretender; aspirar; intr. sentir desejos;
(In Dicionário de Língua Portuguesa, 5ªEdição, Porto Editora)

domingo, outubro 01, 2006

E assim se estrutura a nossa sociedade...
"Fomos tão longe...
Vamos tentar de novo...
Sei que me amas...
Reflecte e pensa em nós
Porque sei que juntosss...
Valemos demais..."

Apenas porque gosto do refrão, e tu nunca te esqueças dos dois últimos versos...!
São dias estranhos, estes que me comem o tempo… Que me tira o sorriso e o brilho dos olhos, mas nesses momentos aproveitas para me fazeres estar perto de ti, não me deixas acordar e entras nos meus sonhos fazendo recordar-me do nosso passado e fazer da nossa vida um filme com um futuro ainda por escrever, ainda por viver, ainda por sonhar!
Recordo o nosso passado, como se fosse ontem, a descoberta dos segredos, a conquista do impossível, as brincadeiras de quem está cegamente apaixonado, fecho os olhos com toda a minha força para essa realidade continuar a existir!
Obrigado por me fazeres sonhar contigo, faz-me sempre sonhar contigo…!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Martin Solveig - Everybody

Everybody run, everybody knows,
Everybody pull the gun, everybody rolls,
Everybody skip, everybody choose,
Everybody sticks and everybody loose,
Everybodys favours, everybody waits,
Everybodys gorgeous and everybody fakes,
Everybodys screaming, everybodys blind,
Everybody could be dying, anybody fine.

Is this a mirror of myself, Am I somebody else,
I don't wanna be...everybody!

Everybody..

Everybody run,everybody knows,
Everybody pulls the gun, everybody rolls,
Everybody skips, everybody choose,
Everybody sticks and everybody loose,

Everybodys jealous, everybody objects,
Everybodys anxious, everybody forgets,
Everybodys asking for everybodys aid,
Everybodys bonking unless everybodys paid

Is this a mirror of myself,
Am I somebody else,
I don't wanna be...everybody!
Is this a mirror of myself,
Am I somebody else,
I don't wanna be...everybody!

sábado, julho 29, 2006

"A guerra é desencadeada pelas nações, mas é o povo que paga..."

quarta-feira, julho 12, 2006

Frase da Semana

Se uma janela da oportunidade se abrir, não baixes a persiana...

terça-feira, julho 11, 2006

António Berni - Desocupados (Argentina)
O sol desperta-nos do nosso enleio nocturno. Acordo com o teu olhar no meu, coroado com um beijo teu... De mão dada, lado a lado, iniciamos um novo dia. Hoje, como ontem, iremos percorrer um caminho jamais trilhado. Iremos rir, chorar, gritar, sussurrar…mas acima de tudo Amar.
Dos olhares cruzados, das falas que os nossos corpos transmitiam, saía um perfume que aproximava os nossos corpos, como se fossem apenas um. No alto do quarto, as estrelas e a lua, apadrinhavam a nossa união. Gritos, gemidos, ofuscavam o barulho vindo de fora da tua janela, para onde olhas quando não estou a teu lado. Recordas todos os momentos vividos e invocas os deuses do Amor.
Para lá do horizonte belo da vida. as nuvens escondem o teu nome que está escrito nas estrelas, mas com o vento retiro-as para que todos vejam aquilo que sinto por ti…

segunda-feira, julho 10, 2006

69


Post 69 do meu blog...

Devaneios

É o fogo que apaga a água, são os balões que arrebentam os espinhos, é a loucura que leva ao êxtase, são as casas que destroem os furacões, são os ratos que espantam os gatos, são as pessoas que ladram aos cães, é o ódio que leva ao amor, são os criminosos que prendem os polícias, é a paz que supera a guerra, é a menina que perdoa o menino, é o prazer que leva à dor, são os alunos que ensinam os professores, é a desordem que acalma o stress, são os oceanos que desaguam nos rios, sou eu que não me controlo, és tu que me odeias, é ele que grita, somos nós que nos amamos, são eles que nos perseguem…

sábado, julho 01, 2006

Eterno


Olho no o horizonte e vejo o caminho que tenho de percorrer para chegar ao cume do prazer! Prazer esse que só pode ser atingido a teu lado, e lá do alto bem juntos que nem pedras mumificadas, passam-nos os flashes das barreiras ultrapassadas, das ondas que cortamos, das batalhas e guerras que conquistamos. Por fim o descanso eterno onde apenas as nossas almas estarão juntas e bem lado a lado, porque aquilo que fazemos na vida, ecoa na eternidade, e se o nosso amor for uma vida, a eternidade será nossa…!

quarta-feira, junho 28, 2006

Paridade

Dois beijos, quatro beijos, seis beijos, oito beijos, dez beijos, doze beijos, catorze beijos, dezasseis beijos, dezoito beijos, vinte beijos, vinte e dois beijos, vinte e quatro beijos

terça-feira, junho 27, 2006

Alanis Morissette - Head Over Feet

I had no choice but to hear you
You stated your case time and again
I thought about it

You treat me like Im a princess
Im not used to liking that
You ask how my day was

(chorus)
Youve already won me over in spite of me
Dont be alarmed if I fall head over feet
Dont be surprised if I love you for all that you are
I couldnt help it
Its all your fault

Your love is think and it swallowed me whole
Youre so much braver than I gave you credit for
Thats not lip service

(repeat chorus)

You are the bearer of unconditional things
You held your breath and the door for me
Thanks for your patience

Youre the best listener that Ive ever met
Youre my best friend
Best friend with benefits
What took me so long

Ive never felt this healthy before
Ive never wanted something rational
I am aware now
I am aware now

(repeat chorus)
Frase da semana: “A porta está na tua cabeça, a chave está na tua boca”.

segunda-feira, junho 26, 2006

O amor é uma companhia


O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro

domingo, junho 11, 2006



Não é só no futebol que gosto de Portugal, mas como estamos em onda de euforia, VAMOS A ELES RAPAZES....

sexta-feira, junho 02, 2006

Recuando 22 anos...

É verdade, já cá moram 22 anos...!

quinta-feira, junho 01, 2006

Dia Mundial da Criança

Porque 'Eles' hoje estão de parabéns, e todos 'Nós' também...
"Existe uma criança dentro de cada um de nós."

sábado, maio 27, 2006

Momento de loucura, sem explicação...!



> Olá
- (Silêncio)
> Não me respondes?
- Olá
> Está tudo bem?
- Sim...
> Onde tens andado?
- Tudo mal
> Porquê?
- Ando por aí a saltar!
> Porquê?!
- Acho divertido
> Estás maluco?
- Gosto de ver as pessoas doutra maneira e a intrepertarem aquilo que digo e faço...
> Não te percebo
- Será que as malucos sabem que estão malucos?
> (Silêncio)
- Para os malucos, as outras pessoas é que estão malucos, portanto nunca julgues as outras pessoas, podendo elas julgarem-te de forma semelhante...

Xutos e Pontapés - Mãe



Mãe tenho ciúmes do pai
Quando se deita contigo Mãe
E te chupa as tetas
E te esborracha os seios
E se monta em ti
E se vem depois. Mãe

Mãe eu não suporto o pai
Mãe vou dar cabo do pai
Quando ele diz Mãe
Gosta de mim Mãe
Quando ele diz Mãe
Gosta de ti Mãe
Quando ele diz Mãe
Que nos ama aos dois

E depois bate sem fim

Eu vim cá para fora
Toda a gente chora
Toda a gente berra
Foste tu
Foste tu

Mãe
eu já matei o pai
Mãe
Foi uma morte sem dor
Agora sou só eu Mãe
Agora és só tu Mãe
Agora somos só dois
E depois, e depois

Mãe
Morreste também
Mãe
Traíste-me assim
Agora sou só eu Mãe
E procurei o fim Mãe
Eu vim cá para fora

Toda a gente chora
Toda a gente berra
Foste tu
Foste tu

(Quem me conhece, sabe o quanto vibro com esta música, não pela letra, sim pela batida e pela forma como é cantada...)


Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas reflectir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no oculto da sua alma. Ser feliz, é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer, “perdoa-me” É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de ti”. É ter capacidade de dizer “eu amo-te”. Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas sim contornar todos os contratempos. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer.


JAMAIS DESISTA DE SI MESMO. JAMAIS DESISTA DAS PESSOAS QUE VOCE AMA. JAMAIS DESISTA DE SER FELIZ, POIS A VIDA É UM ESPECTÁCULO IMPERDÍVEL. E VOCE É UM SER HUMANO ESPECIAL.”

quarta-feira, maio 17, 2006



Verão,
calor,
corpos ardentes,
desinibidos,
despidos,
nus,
desejos à flor da pele,
sentidos entorpecidos,
numa dança,
de ventres,
escaldantes,
transpirados,
onde o suor se mistura,
em jogos de sedução,
levados ao rubro,
ao sabor da imaginação,
de abraços,
beijos de línguas vorazes,
procuram matar a sede,
fome,
de carinhos,
de desejo intenso,
que se instala,
apodera,
avassala,
toma de assalto,
amantes,
em noites de verão.

quinta-feira, maio 11, 2006

"Tens o diabo no corpo..."

segunda-feira, maio 08, 2006

A tua beleza é infinita...por isso a contemplo todos os dias!

domingo, maio 07, 2006

Lá fora o vento batia forte e as gotas de chuva começavam a cair. Era noite, já estava escuro e no céu as estrelas escondiam-se atrás das nuvens. Fechei a janela e regressei à sala quente e confortável onde tu dormitavas no sofá perto da lareira. O teu rosto iluminado pela luz do fogo tornava-te ainda mais bonita. Sentei-me na cabeceira do sofá e murmurei-te baixinho ao ouvido: “Ficas linda assim…”. Como resposta, apertaste-me com toda a tua força e imploraste para me deitar contigo no sofá que mal dava para uma pessoa. Sussurraste-me ao ouvido que me amavas e o mundo parou para me sentir o homem mais feliz do mundo, só por te ter comigo.
E ali ficamos os dois, no sofá, presos um no outro a olhar para o fogo que se consumia, a ouvir cair lá fora a chuva e a observar através dos vidros, as árvores a baloiçar lá fora de um lado para o outro, acreditando que aquele momento fosse para sempre.

sábado, maio 06, 2006



Beijo as páginas em que te descreves todos os dias,
Beijo as palavras que consigo agarrar,
Beijo a tua presença,
Beijo o teu olhar.

Beijo os contornos do teu corpo,
Beijo a tua simplicidade,
Beijo a tua suavidade.

Vejo e revejo a tua beleza espelhada nos meus pensamentos.

terça-feira, maio 02, 2006



Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento –
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim – à beira- rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis

segunda-feira, maio 01, 2006

Verve - Bittersweet Symphony


'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Try to make ends meet
You're a slave to money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the veins meet yeah,
No change, I can change
I can change, I can change
But I'm here in my mold
I am here in my mold
But I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mold
No, no, no, no, no
Well I never pray
But tonight I'm on my knees yeah
I need to hear some sounds that recognize the pain in me, yeah
I let the melody shine, let it cleanse my mind, I feel free now
But the airways are clean and there's nobody singing to me now
No change, I can change
I can change, I can change
But I'm here in my mold
I am here in my mold
And I'm a million different people
from one day to the next
I can't change my mold
No, no, no, no, no
I can't change
I can't change
'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Try to make ends meet
Try to find some money then you die
I'll take you down the only road I've ever been down
You know the one that takes you to the places
where all the things meet yeah
You know I can change, I can change
I can change, I can change
But I'm here in my mold
I am here in my mold
And I'm a million different peoplef
rom one day to the next
I can't change my mold
No, no, no, no, no
I can't change my mold
no, no, no, no, no,
I can't change
Can't change my body,
no, no, no
I'll take you down the only road I've ever been down
I'll take you down the only road I've ever been down
Been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
Ever been down
Have you ever been down?
Have you've ever been down?

domingo, abril 30, 2006


Não te vejo, mas sinto que me espreitas, entre a folhagem do meu Paraíso, rodeias-me com a ternura do teu olhar, sei de cor o pulsar do teu coração, conheço o calor das tuas mãos e as sensações que me provocam. És a tentação que me desafia, a cada movimento subtil, que fazes no meu jardim do Eden, quando deixas o teu perfume espalhado no ar, demarcando território, quando deixas que te espie os pensamentos, quando apressas o passo e te escondes, quando me aproximo do teu abrigo.
Eu sei onde estás, mas continuo escrevendo o livro, mastigando a loucura dos pensamentos que não confesso, até que se transformem em tudo…

quarta-feira, abril 26, 2006

Delírios



Delírios sonantes e arrojados enchem-me de segredos perfumados apenas revelados nos teus lábios, que derramam nascentes de fantasias e devaneios, nos beijos escorregados que me ofereces.Leve roçar de mãos em toques de carinho porém ousados, provocadores de suspiros e murmúrios soltos, abafados, perdidos e escondidos, entre a nossa pele deslizante, suada e sedenta de ternuras. Língua tua, inquieta e deliciada que explora incansável, os profundos, húmidos e escaldantes recantos meus que encontras de olhos fechados. Envolvido nas sensações de que também disfrutas, deixas-te ir num roteiro de loucuras inventadas no momento, conduzindo-me num doce e longo passeio, entre o prazer gritante do corpo e o extasiante arrepio que me faz estremecer deliciosamente a alma.


Desde muito novo que na escola ouvia falar do 25 de Abril como um grande dia, para todos os Portugueses, e que tínhamos ganho a liberdade e que o povo era livre. Ora vejamos bem as coisas, não considero este dia assim tão importante quanto isso, a não ser o belo do feriado que todos aproveitamos para descansar e não andar nas celebrações que todos os anos decorrem, cada vez com menos apoiantes.
Agora, pensando pela minha própria cabeça, quando dizem que tinha sido bom para todos os Portugueses, considero essa afirmação falsa, o meu pai como muitos outros, ficaram sem nada com o processo de descolonização, e tiveram de regressar ao país e voltar a fazer a sua vida. Quando mencionam que não havia liberdade, a mensagem no meu ponto de vista, não é de todo verdade, visto que apenas não havia liberdade politica, de resto as pessoas podiam ter a sua vida normal. Ou concordam com a total bandalheira que existe na assembleia? Ou liberdade politica é poder ofender o primeiro-ministro, ministros ou qualquer outra figura politica?
Na minha opinião, o processo pós 25 de Abril, foi mal conduzido, com um interesse extremo de voltarmos a entrar numa ditadura, agora de esquerda, com o apoio da ex-URSS e de Cuba.
Para mim, liberdade é poder andar na rua sem medo e poder-me expressar à minha vontade sem ter que ofender, concordo no ponto em que talvez não fosse permitido fazer juízos de valor, mas neste momento estou a fazer uso da minha liberdade. Para mim liberdade não é ir para concertos, fumar o belo do charro, beber até cair para o lado, gritar jcp porque é bom ser-se de uma juventude partidária que não tem regras e ir-se para uma festa pseudo-não-partidária, em que os lucros servem para o partido, na qual o ideal é uma ditadura e que em toda a sua história não houve liberdade e sempre foi posto à força, aniquilando-se os inimigos.
Sei que este meu post, poderá não ser bem visto por alguns dos seus visitantes e ter logo uma conotação menos boa, mas é a minha opinião e se estamos num regime democrático, terá que ser aceite…

domingo, abril 23, 2006

"Perco-me no abraço
que me faz sonhar
encontro-me no amor
que sinto por ti"

Oiço o silêncio que me rodeia, e apenas pressinto a tua presença, mesmo que seja imaginária. Ao saíres do meu esconderijo, ainda consigo cheirar o perfume do teu corpo que deixaste em cada partícula do ar e também entranhado nos poros do meu corpo. Não consigo parar de pensar nos momentos que acabamos de viver; o pensamento insiste em voar até ao momento em que nos entregamos um ao outro, aqueles beijos, aqueles abraços, o sentimento, o prazer vivido, deixa-me em loucura total com desejo de te voltar a ter para o sempre do infinito…
Aqui bem junta de mim, no sítio que ouves o órgão que chama por ti, agarro-te com mais força; sopro ao teu ouvido para poder contemplar a tua pele arrepiada, e digo baixinho “Quero repetir”, que contrasta com uma resposta de sorriso, mais belo, que é o teu.

quinta-feira, abril 20, 2006

Um elogio ao amor puro - Miguel Esteves Cardoso

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido,do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas,alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance,gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender,não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A"vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar acorrer atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.A vida é uma coisa, o amor é outra.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira e valê-la também".

quarta-feira, abril 19, 2006

O mapa estava rasgado com sangue de guerreiros; não sabia qual o caminho a percorrer até à felicidade eterna, andava completamente à deriva. Ponho-me à defesa e deixo-te seres tu a conquistares o meu reino, onde já foste princesa. Sabes quais são os pontos fortes e fracos e isso deixa-te na linha da frente, linha essa que me encontras à tua espera, para juntos sermos um só.
A travessia no deserto ajudou-me a perceber a força dos sentidos, e o quanto é importante o bem-estar próprio. A brisa fria que todas as noites pairava na minha mente, deixou-me estático no momento em que encontrei o oásis, parece-me uma ilusão mas o teu toque é bem real; desejo fantasiar, flutuar e até mesmo voar nas tuas asas, para bem longe onde era só nosso, o mundo perfeito.
Agora que estou preso ás tuas asas, não me deixes cair, voa cada vez mais alto a caminho do ideal, porque quanto melhor souberes voar, melhor será o caminho a trilhar.

segunda-feira, abril 17, 2006


Neste imenso mundo, apenas somos pequenas partículas que se movimentam em torno de objectivos próprios, e lá de cima, apenas lá de cima, há alguém que nos pode julgar. Ninguém é dono da palavra e pode criticar as acções das outras pessoas.
Vendo o rumo sem destino daquilo que me rodeia, deixa-me triste e com vontade de gritar e desaparecer para o infinito, lugar onde seja tudo perfeito e não haja guerras, nem ciúmes nem qualquer outro tipo de intriga e que possa ter o descanso eterno, sei também que esta vontade é uma utopia, e a realidade deste desejo é a morte. Não a quero encarar como solução para todos os males, e não é a melhor forma de fugir aos problemas, mas começo a não ter forças para lutar…

sábado, abril 15, 2006



Os segundos iam passando, os minutos voavam e as horas multiplicavam-se de forma constante, que nem eu conseguia prever aquilo que ia acontecer. Olhando para o céu apenas vi as nuvens a passarem sobre mim e por momentos deixaram o sol transparecer toda a sua alegria e mostrar qual o caminho a percorrer, não sei se o correcto, mas é aquele que ao ouvir o meu coração, me disse para seguir…
Quando dou por mim, observo as estrelas numa noite calma de primavera, consigo sentir a tua respiração, vens por trás e apareces à minha frente; no momento de cruzar o olhar, fixas o teu pensamento em mim, tudo desapareceu por momentos; ficámos apenas nós estaticamente em movimentos simultâneos, o teu coração parecia querer rebentar e o meu ia seguir o teu, pela forma como os dois estão pegados. Dois corpos despidos com o único sentido de se juntarem num só, o suor passava do teu corpo para o meu e a única certeza que tinha era ter-te nos meus braços para sempre. No fim, adormecer no teu peito foi o culminar do sonho que vivi…

segunda-feira, abril 10, 2006


Ali estávamos nós, ouvindo o bater das ondas de forma violenta que nos acalmava, a lua no céu observava as nossos olhares cúmplices e num momento intenso agarras-me com todo o teu vigor e mostras aquilo que dizes sentir por mim. Nesse instante, por segundos, o meu coração parou de bombear o sangue que me dá vida para te consolar nos momentos necessários, por milagre e pouco a pouco, todo o liquido vermelho que circula dentro de mim é renovado e uma nova esperança de uma vida melhor é estabelecida. No momento do adeus, ou talvez um até logo, vejo as tuas geladas lágrimas a caírem pela tua linda face, mas estas aquecem-me e deixam-me com vontade ficar…
Sozinho, sinto o meu pensamento a divagar pelo infinito e a regressar sem respostas, que mais parece um turbilhão de ideias, que vão e vêm mas nada trazem de concreto. Oiço vozes por todo o lado, tento perceber o sentido de cada uma delas, mas fico desorientado como um pequeno cão no meio de um furacão, apenas sei que quero encontrar a segurança e a paz.

Geração rasca e geração rebelde

“Quem tem hoje 20/30 anos cresceu a ouvir a geração dos pais a chamarem-lhes “geração rasca”, um termo depreciativo e até mesmo ofensivo. Agora só se ouve e enaltece a nova geração de adolescentes, que além de ter direito a programas de televisão “modelo”, até ganhou uma alcunha com um certo glamour, «geração rebelde».
Está certo que, se olharem para as fotografias de escola, parecíamos um bando de mendigos, roupas velhas, descoloradas, rotas e alguns números acima, ténis esburacados, maquilhagem era só quando íamos sair à noite e os cabelos compridos e despenteados imperavam nas cabeças. Não é de admirar, se tivermos em atenção que estávamos no rescaldo do 25 de Abril, numa altura em que o metal, grunge e punk dominavam, e a maioria dos “ídolos” se tinham ou vinham a suicidar. E até o Governo se lembrou de implicar connosco, levando com todas as reformas, fomos as “cobaias” do sistema.
Hoje os adolescentes têm tudo e sem o mínimo esforço. Qualquer um pode ser “um radical” e praticar desportos radicais. A parte gira disto tudo é que a geração a quem tantos chamaram rasca ocupa hoje cargos de importância e mais cedo que a geração anterior, mesmo lutando com a instabilidade laboral e o desemprego, é quem está a “modernizar” o país e tem uma cultura geral boa, muito boa se compararmos com a exageradamente enaltecida «geração rebelde», que além de rebeldia (própria da adolescência, não vejo onde está a novidade), não tem quaisquer ideologias a não ser o consumo e diversão, e com quem numa rápida breve vemos a escandalosa ignorância a transparecer, a ruína do conhecimentos, para não falar no verdadeiro assassínio da língua Portuguesa. E, entretanto, que faz o Governo? Tira-lhes anos de estudo, corta nas disciplinas e nos exames! E depois ainda se queixam do atraso ao nível da educação de “Portugal” em relação aos restantes países europeus.”

Dália Guerreiro in página do leitor – Destak

P.S. Coloco este artigo desta senhora, que me é desconhecida, pelo facto de concordar com muitas ideias nele contidos.

sábado, abril 08, 2006

Roxette - Sleeping In My Car


I'll tell you what I've done
I'll tell you what I'll do
Been driving all nite just to get close to you
Baby Babe - I'm moving so fast
You'd better come on.

The moon is alright
The freeway's heading south
My heart is going Boom!
There's a strange taste in my mouth
Baby Babe - I'm moving real fast
So try to hold on
Try to hold on!

Sleeping in my car - I will undress you
Sleeping in my car - I will caress you
Staying in the back seat of my car making up.

So come out tonight
I'll take you for a ride
This steamy ol' wagon
The radio is getting wild
Baby Babe - we're moving so fast
I try to hang on
Try to hang on!

Sleeping in my car - I will undress you
Sleeping in my car - I will caress you
Staying in the back seat of my car making love, oh yea!

Sleeping in my car - I will possess you
Sleeping in my car - certainly bless you
Laying in the back seat of my car making up.

The night is so pretty and so young
The night is so pretty and so youngSo very young...

Sleeping in my car - I will undress you
Sleeping in my car - I will caress you
Staying in the back seat of my car making love to you.

Sleeping in my car - I will possess you
Sleeping in my car - certainly bless you
Laying in the back seat of my car making up.

I will undress you
I will undress you.
The night is so pretty and so young.

quinta-feira, abril 06, 2006

Quarto


Primavera de calor, abres a tua janela e lá de cima vês a chuva a cair intensa como os murmúrios de um mendigo; quero ser invisível, poder entrar no teu quarto, espaço onde guardas os teus segredos e lamurias, tocar-te à vontade sem medos e complexos para te mostrar tudo aquilo que sinto por ti. Ao mesmo tempo sem saberes começas por partilhar os teus verdadeiros sonhos e aquilo que ambicionas para a tua vida, nesses sonhos, que de tudo dava um filme, quero ser o actor principal e espero ser também o realizador.
Por fim ao deixar-te no ninho do amor, onde estás deitada, vejo-te a dormir e é essa calma que observo, que te quero ver sempre, onde os problemas e adversidades juntos vão parecer uma banalidade; Não saiu sem antes te beijar, nesse momento acordas e gritas o meu nome, mas sem me veres, provocas um sorriso, por o fazeres…
"Catch me, if you can..."