segunda-feira, abril 10, 2006

Geração rasca e geração rebelde

“Quem tem hoje 20/30 anos cresceu a ouvir a geração dos pais a chamarem-lhes “geração rasca”, um termo depreciativo e até mesmo ofensivo. Agora só se ouve e enaltece a nova geração de adolescentes, que além de ter direito a programas de televisão “modelo”, até ganhou uma alcunha com um certo glamour, «geração rebelde».
Está certo que, se olharem para as fotografias de escola, parecíamos um bando de mendigos, roupas velhas, descoloradas, rotas e alguns números acima, ténis esburacados, maquilhagem era só quando íamos sair à noite e os cabelos compridos e despenteados imperavam nas cabeças. Não é de admirar, se tivermos em atenção que estávamos no rescaldo do 25 de Abril, numa altura em que o metal, grunge e punk dominavam, e a maioria dos “ídolos” se tinham ou vinham a suicidar. E até o Governo se lembrou de implicar connosco, levando com todas as reformas, fomos as “cobaias” do sistema.
Hoje os adolescentes têm tudo e sem o mínimo esforço. Qualquer um pode ser “um radical” e praticar desportos radicais. A parte gira disto tudo é que a geração a quem tantos chamaram rasca ocupa hoje cargos de importância e mais cedo que a geração anterior, mesmo lutando com a instabilidade laboral e o desemprego, é quem está a “modernizar” o país e tem uma cultura geral boa, muito boa se compararmos com a exageradamente enaltecida «geração rebelde», que além de rebeldia (própria da adolescência, não vejo onde está a novidade), não tem quaisquer ideologias a não ser o consumo e diversão, e com quem numa rápida breve vemos a escandalosa ignorância a transparecer, a ruína do conhecimentos, para não falar no verdadeiro assassínio da língua Portuguesa. E, entretanto, que faz o Governo? Tira-lhes anos de estudo, corta nas disciplinas e nos exames! E depois ainda se queixam do atraso ao nível da educação de “Portugal” em relação aos restantes países europeus.”

Dália Guerreiro in página do leitor – Destak

P.S. Coloco este artigo desta senhora, que me é desconhecida, pelo facto de concordar com muitas ideias nele contidos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ahhhh!!!!!!
Também lês o Destak!!! :)

Um beijo *

Anónimo disse...

Eu também concordo com esse artigo. Embora faça parte da geração de hoje em dia, não me identifico com muitas das coisas que são valorizadas por ela.
O que interessa aos nossos jovens é grandes noites, ter fotolog's onde possam postar fotos e montagens super provocantes e claro, morangos com açucar. Enfim...
Continua porque gosto muito de ler o que escreves =)
Bjinho muito grande para ti meu doce *@LY@*

São Bento disse...

Ora pois bem, eu considero-me um desses gajos da geração rasca,yeahhh!Cresci naquele ambiente livre, a rua. Sim a rua, ali brinquei,corri,e aprendi bastante e não estive agarrado a uma consola 24h, ainda me lembro o que tive foi apenas um BrikeGame (tetris)!Fui crescendo nesse ambiente grunge (Nirvana) e metalico(Pantera e Metallica) sempre fiz as minhas maluquices da propria idade sem me prejudicar, nunca deixei de aprender e tive como objectivo continuar a estudar, para que um dia fosse alguem melhor, tive as minhas dificuldades e é verdade não tive a vida facilitada tanto como estes jovens de hoje, no entanto a minha vida tambem foi mais facilitada que akeles k são mais velhos que eu. Mas no que diz respeito em lutar por causas que ponham o meu futuro em risco tive presente, gigantes manifes a gritar pelo nosso direito!E hoje para que serve uma manifestação?Para ficar em casa,para ser menos um dia de aulas.Como querem que isto ande para a frente se hoje o que querem é boa vida,mostrar bens,mostrarem que são uns Dreads cheios de estilo, sem se preocuparem com o futuro, porque estão habituados a que venha tudo ter a seus pés. No entanto é certo que isto não é geral pois temos e vamos ter bons futuros de jovens de agora, que aproveitam da melhor maneira todo o avanço que a nossa sociedade tem sofrido.

A falta de cosnciencia pela realidade de hoje, é o problema de amanha!Abram a pestana a vida não é como na Tv em que tudo acaba bem!Aproveitem o que de bom vos têm dado e Lutem, mudem tambem o que está errado