quarta-feira, março 01, 2006

Despertar?

Quando vier a saudade, reinventarei as tuas palavras, os teus olhos e o teu riso. E há-de chegar o momento em que aquele que eu recordar já nada terá em comum contigo. Talvez, então, eu deixe de querer regressar ao que nunca foi e nos olhemos como os dois estranhos que nos tornámos. Se, ao menos, tivesse havido lugar para uma despedida, uma zanga, um ponto final em vez do silêncio que foi surgindo até se tornar esta distância tão difícil de percorrer; qualquer coisa a que me pudesse agarrar para te maldizer e maltratar, qualquer coisa que não esta raiva interior que, na falta de motivos, é de mim que se alimenta.

3 comentários:

Nuno Gonçalo Poças disse...

Texto com franca qualidade, sim senhor.

Fora isso, vamos a questões práticas - e sim, as coisas são práticas. Meu caro, cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Pondera bem todos os riscos e olha bem para o teu próprio "eu". Longos anos de vida à frente, um futuro que poderá ser risonho (tudo depende daquilo que quisermos fazer dele) e muitas coisas novas por descobrir. A vida não pode (nunca!) acabar aos 21 anos (fora para aqueles que morrem).

Levanta-me bem essa cabeça e segue em frente. Coisas e dias melhores virão, de certeza. E não, ninguém merece certo tipo de coisas. Mas há que olhar em frente. Não, rapaz, o mundo não acabou há dias...

Abraços

Anónimo disse...

torna-te num basofe ... damo do bairro...

Anónimo disse...

Calma...tens de ter muita calma!
Beijinhos