quarta-feira, junho 27, 2007

De novo me embrenho na noite escura, onde o brilho das estrelas se consumiu no vazio da tua ausência. Onde a luz da Lua se apagou com a chegada do dia. A realidade absorve os sonhos, apaga os sentimentos e dissolve as palavras em imagens feitas de nada. Sucumbimos à luz do dia, como um castelo feito de cartas se desfaz à primeira oscilação.Fiquei a sós, comigo mesmo, neste mar de palavras, agora vazio de sentidos, porque já não faz sentido. De alma vazia, deixo cair das suas paredes os quadros que desenhei noite após noite. O meu pensamento esvoaça pela floresta despida de folhas. A tua alma, grita-me, quer sair de mim, e eu, não lhe fecho a porta, abro-te caminho e deixo-te partir, com a liberdade de te deixares ficar.Esta noite, longa de mais, escura demais, fria demais, deixou-me o corpo dormente, e o espírito ausente. Fui procurar-te e já não encontrei o caminho, o mapa que me guiava é agora uma folha de papiro, vazia de referências, a luz que me conduzia está apagada e o brilho do teu olhar escondeu-se detrás das pálpebras que cerraste para não deixares sair uma só lágrima.A Lua, companheira de confissões, fechou-me a porta, deixando apenas um pequeno traço de luz no céu escuro desta noite, longa, demasiado longa. Hoje perdi-te, sem nunca te ter tido.

2 comentários:

Mafalda Soares disse...

Matas-me aos poucos com essas palavras duras, como pedras.
Sinto-me perdida sem encontrar um rumo. O norte está no sul. Caminho de costas pela estrada e fecho os olhos para verter lágrimas que caem lentamente. Cada palavra consome-me e deixa o meu coração tão pequeno... Cada vez mais pequeno.

LY@

Anónimo disse...

uoouuu...este é mt pessoal....mas mt fixe...sem que fiques assim novamente, constrói mais posts destes...mt bom!

vfp